Operação “Anel de Rubi”: Polícia Civil cumpre mandados em residência e escritório de advocacia em Uruguaiana e prende advogado investigado pela prática de golpes no exercício da atividade profissional. O prejuízo às vítimas pode chegar a mais de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais).*
Na manhã desta quinta-feira (26/12/2024), a 2ª Delegacia de Polícia Civil de Uruguaiana cumpriu mandados de busca, apreensão e prisão em residência e escritório de advocacia, na Cidade.
Coordenada pelo Delegado Nilson de Carvalho, em substituição temporária ao Delegado Wellington Pinheiro, a Operação “Anel de Rubi” teve por finalidade o aprofundamento das investigações sobre um casal de advogados que prometia realizar a revisão judicial de valores de contratos de financiamento de veículos, firmados supostamente com juros abusivos.
As vítimas eram cooptadas através de propagandas em meios de comunicação. As investigações indicam que após a celebração dos contratos de serviços e assinatura de procuração aos suspeitos, estes ajuizavam a ação (sem realizar os atos que se comprometeram no contrato) e cobravam pelos serviços advocatícios supostamente prestados, bem como solicitavam valores aos clientes por acordos inexistentes.
Em um dos inquéritos policiais instaurados para investigar a prática do crime de estelionato por parte dos suspeitos, apurou-se que um dos investigados teria inclusive falsificado um documento de quitação de dívida junto a uma instituição financeira, para demonstrar à vítima que aqueles valores pagos por ela a título de quitação da dívida do contrato de financiamento teriam sido repassados pelo advogado à empresa credora, o que de fato não ocorreu. Neste caso, posteriormente a vítima foi surpreendida pela apreensão do veículo pela instituição financeira diante da ausência de pagamento da dívida.
Há inquéritos policiais em andamento contra o casal, onde se apuram diversos crimes de estelionato, apropriação indébita qualificada e falsificação de documento particular. Até o momento, há registro de pelo menos 16 vítimas dos crimes investigados, sendo que o prejuízo causado pode ultrapassar R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais).
Na operação um dos advogados investigados foi preso, e sua sócia teve o exercício da atividade profissional suspenso por decisão judicial. As buscas por elementos probatórios de interesse da investigação foram realizadas na residência e no escritório dos advogados, sendo acompanhada por representante da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, em Uruguaiana. As investigações prosseguem, inclusive com a finalidade de apurar se há outras vítimas.
Após cumpridas as devidas formalidades legais, o preso foi encaminhado à DPPA e, logo depois, será levado à Penitenciária Modulada de Uruguaiana.
Fonte: Polícia Civil
