Quinta-feira, Novembro 21, 2024
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Operação Talha Dupla Desmonta Esquema de Tráfico Internacional de Drogas na Fronteira Oeste

Operação Talha Dupla Desmonta Esquema de Tráfico Internacional de Drogas na Fronteira Oeste

Nesta terça-feira, a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Talha Dupla, desmantelando um esquema de tráfico internacional de drogas coordenado por uma família na fronteira oeste do Rio Grande do Sul. A ação resultou no cumprimento de 18 mandados de busca e apreensão em Uruguaiana, Pelotas e Florianópolis, capital de Santa Catarina. Além disso, foram bloqueados R$ 24,5 milhões em contas bancárias ligadas aos investigados.

Em Uruguaiana, a operação levou à apreensão de um revólver, duas pistolas e uma espingarda, resultando na prisão em flagrante de um homem por posse ilegal de arma de fogo. Ainda na cidade, a PF sequestrou um imóvel, enquanto outro foi confiscado em Santa Catarina. A ofensiva também culminou no confisco de cinco automóveis.

A investigação que culminou na operação teve início em novembro de 2022, quando agentes apreenderam R$ 1 milhão em Jaguarão, no sul do estado. O dinheiro estava dividido em duas malas transportadas por uma jovem de 22 anos, natural de Pelotas. A mulher, que não possuía chaves para abrir as bagagens, foi conduzida à sede da PF no município, onde se descobriu que ela atuava como “mula” do tráfico, termo usado para designar pessoas pagas para transportar drogas ou valores para organizações criminosas. A PF constatou que o dinheiro tinha origem em Uruguaiana.

A Estrutura do Esquema de Tráfico Internacional

Segundo a Polícia Federal, o esquema era comandado por uma família de Uruguaiana, que liderava uma rede internacional de tráfico e distribuição de drogas. O grupo era composto pela mãe, filho, sobrinho e liderado pelo patriarca da família, além de outros cúmplices.

Esta não foi a primeira vez que a família foi alvo de uma operação da PF. Em 2015, a Operação Plano Alto apreendeu quase 900 quilos de cocaína em duas ações contra o mesmo grupo. Na ocasião, as drogas eram trazidas da Bolívia em aviões que pousavam na Argentina. A partir daí, os narcóticos eram transportados para o Rio Grande do Sul e descarregados em uma propriedade rural no interior de Alegrete. O passo seguinte consistia no transporte dos ilícitos para São Paulo, utilizando caminhões fretados. Toda a logística, desde a contratação de pilotos de avião até a frota de carretas, era organizada pela família.

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