Sexta-feira, Julho 5, 2024
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Nova Participações Investe R$ 70 Milhões em Usina Termelétrica Sustentável em Uruguaiana

A Nova Participações está investindo R$ 70 milhões na instalação de uma usina termelétrica movida a casca de arroz em Uruguaiana, Rio Grande do Sul. O projeto, com capacidade para gerar 5 megawatts (MW) de energia em operação contínua, representa uma solução sustentável para o aproveitamento dos resíduos do beneficiamento do arroz, transformando-os em um ativo energético de baixo custo.

Uruguaiana, município líder na produção de arroz no Brasil, enfrenta o desafio de lidar com os resíduos do beneficiamento, considerados um passivo ambiental devido ao descarte inadequado. A nova usina utilizará essa biomassa, queimando-a em caldeiras para gerar energia. A termelétrica renovável será conectada diretamente à subestação de Uruguaiana, na área de concessão da RGE, subsidiária da CPFL, para geração distribuída.

Para garantir o suprimento contínuo de combustível, a usina firmou contratos de 15 anos com seis fornecedores de casca de arroz, totalizando quase 58 mil toneladas de biomassa processadas anualmente. A Câmara Municipal de Uruguaiana aprovou um projeto de lei que cede uma área para a instalação da usina.

José Antunes Sobrinho, acionista e presidente do conselho de administração da Nova Participações, afirmou que o empreendimento já possui licença ambiental e que a implantação das atividades começará em breve, com previsão de operação comercial em 18 meses. O financiamento do projeto será realizado em duas etapas: inicialmente por meio de um empréstimo-ponte de dois anos do Fundo Galápagos Capital, seguido por um financiamento de longo prazo de cerca de dez anos.

Apesar das adversidades climáticas recentes que afetaram a produção de arroz no estado, Antunes assegura que o volume de resíduos existentes na região é suficiente para manter a operação da usina. Além disso, a produção de arroz deverá estar regularizada quando a usina começar a operar.

A casca de arroz possui um poder calorífico superior ao do carvão mineral produzido em Candiota (RS), e a cinza gerada pela queima pode ser comercializada e utilizada na construção civil, cerâmica, indústria química, fabricação de células fotovoltaicas, entre outros. Esta iniciativa também beneficia os arrozeiros, que poderão expandir a produção e enfrentar menos problemas relacionados ao descarte de resíduos.

Dada a vocação agroindustrial do Brasil, térmicas movidas a combustíveis renováveis, como bagaço de cana, licor negro e resíduos de madeira, podem ser uma alternativa ambiental às usinas que utilizam gás natural, diesel ou carvão.

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